Ontem, sexta-feira 10 de junho, fizemos uma intervenção poética no Mercado Público de Itajaí. A idéia inicial era apresentar o “Palavra Muda”, mas visitando o local uma semana antes e percebendo que o clima de bar não ia de encontro ao clima da apresentação, optamos então por fazer algo diferente.

Nossa proposta era fazer uma apresentação utilizando material “colhido” na hora, minutos antes de apresentar, utilizando membros da “platéia” como colaboradores diretos da intervenção. Para isso estabelecemos duas dinâmicas diferenteas, que foram executadas ainda enquanto a banda tocava. A primeira foi convidar duas pessoas para ler um texto específico, enquanto eram filmadas. Para filmar utilizamos uma cyber shot de mão, e filmamos com qualidade VGA. Convocamos primeiro o poeta “Enzo Pottel” que estava por lá, e depois o ator “Osmar de Oliveira”. Levamos ambos, um de cada vez, para fora do bar, debaixo de um poste para termos luz e menos ruído. Enquanto isso, no bar, deixamos projetado no anteparo vídeos do Palavra Muda, que distorciam de acordo com o som do ambiente.

Enzo Pottel lendo texto "Relatório"

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Osmar de Oliveira lendo "Eu era capaz de jurar"

Após isso passamos a projetar no anteparo fotos específicas (máscara O2, engrenagem e pássaro), e pessoas que estavam no bar, eram convidadas a serem fotografadas. As que eceitavam eram levadas até o espaço de projeção e fotografadas recebendo as projeções. A regulagem da posição da foto era feita via Isadora pro Sebastião, e as fotos tiradas por Leandro De Maman.

André Penteado fotografado com projeção

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Jô Fornari sendo fotografada com projeção

Após todas as fotos tiradas, colocamos o material no computador e o Isadora foi configurado para reproduzi-las nos momentos adequados. A partir daí então demos início à apresentação proprimamente dita. Que contou com a cena do esqueleto no início e do Catavento no final. Ambas já faziam parte do “Palavra Muda”.

A primeira cena após o esqueleto foi a do Relatório ( Legenda ) em que o conteúdo lido e gravado posteriormente (lido por enzo) era comentado com a “verdade” por Sebastião. Trata-se de uma variação do que já fazíamos no Palavra Muda, só que com legendas projetadas. Após isso, Seba leu uma poesia à medida que eram projetavadas as fotos das pessoas fotogradas com a máscara de O2. A projeção embaçava com o som depois de um dado momento, através de um microfone plugado no computador e ligado no Isadora.

Após isso, utilizamos o vídeo gravado por Osmar, o qual foi orientado para ler alguns trechos em voz alta e outros não, omitindo trechos mas deixando espaços, e esses espaços eram completados por mim ao vivo (Leandro De Maman). A dinâmica funcionou bem, até mesmo nos momentos de segundos de descompasso ou justaposição. Depois disso foi lido um texto  junto com as fotos das engrenagens, também tiradas com a platéia.

Finalizamos com Sebastião declamando o poema do cata vento, acompanhado por Patrícia Vianna. Como no palavra muda, os textos lidos eram de minha autoria (Leandro De Maman) e de Sebastião do Aragão.