Nos dias 22 e 23 de dezembro apresentamos “Rounin” no centro de Itajaí utilizando a fachada do Museu Histórico como anteparo para as projeções. Conseguimos reunir um bom público mesmo sem divulgação já que o centro estava movimentado e muita gente parou pra ver =).
foto: Patricia Vianna
Desde a última versão de Rounin havia algumas idéias novas que gostaria de implementar, e que foram implementadas nesta apresentação, deixando o espetáculo mais redondo. A primeira é que o espetáculo agora utiliza projeção do início ao fim, não somente à partir da metade, como na versão anterior.
foto: Patricia Vianna
Durante a montagem da armadura foi adicionada trilha sonora, e uma projeção da montagem da roupa, como se fosse um boneco recebendo a roupa (lembra um pouco a dinâmica da projeção criada para “devassas“). Essa é a projeção que acho que ainda pode evoluir, ganhando mais dinâmica, ou com closes na montagem da armadura, ou deixando essa montagem mais high-tech, ou ainda utilizando um recurso de vídeo (o samurai alongando ou correndo) com a roupa sendo acrescida, ou ainda quem sabe até a idéia de live feed. Quem sabe para a próxima apresentação.
foto: Patricia Vianna
Agora até a estátua tem projeção, que é como se fosse uma sombra do samurai, ou sua imaginação, o início de sua fantasia. Esse Samurai-projeção que já aparecia se vestindo, após a armadura completa, entra em cena triunfalmente e depois age criando relação com as ações do estátua de rua. Pausando com ele, com a ínsignia “insert coins – insira moedas”, fazendo referência às máquinas de fliperama e criando uma estátua multimídia e não uma estátua comum. Procuramos incluir nas ações da estátua desde de reações banais como observar, à reações fantásticas que o samurai só conseguiria fazer em sua imaginação, como uma projeção das vontades do performer.
foto: Luiz Fernando De Maman
A luta do samurai com o montro e a cena da borboleta continuam basicamente iguais, a única novidade é a inclusão de um Katá no meio da cena, antes do samurai receber o choque. Essa cena já era uma das mais fortes do espetáculo, e mais bem fechadas. Por isso não recebeu grandes mudanças.
foto: Luiz Fernando De Maman
A cena da prisão também recebeu alterações, foi incluída uma animação inicial de uma cena monstruosa, uma espada que atinge o samurai (que de repente pode alterar em número de espadas), a saída das grades antes, e voltando em lapsos, uma cachopa de abelhas na cabeça do ator e os monstros em transição rápida, além da mobilidade do projetor (e não estático como anteriormente). Mas a grande novidade é a transmissão live-feed do close do rosto, que é o foco da cena. Projetamos uma bola de luz, para dar foco à transformação do rosto do ator, e também para prover iluminação suficiente à cena para que seja filmada. Ainda assim, devido à distância de projeção, tivemos que aumentar o contraste da imagem para que tivesse boa visualização. Para a transmissão live-feed ulilizamos o software “isadora” alternando com “.swf” que é executado durante todo restante do espetáculo.
foto: Luiz Fernando De Maman
Após a prisão temos o primeiro silêncio do espetáculo, de música e de imagens projetadas, que simboliza também o retorno à realidade. E ao final foi adicionado uma projeção do samurai voltando ao seu posto, mudando bastante o significado do final, no lugar de uma desistência (ao retornar ao estático da estátua e desistir da projeção), para uma alma heróica latente e persistente, mesmo depois de ter passado tudo o que o passou, ainda assim sua “alma” guerreira continua viva.
O clip que pode ser conferido abaixo:
Video Clip “Rounin” from Coletivo Terceira Margem on Vimeo.
Agora tentaremos agendar apresentações para 2011, e dar continuidade ao trabalho. =)